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17 julho 2025

Quem controla os nomes de domínio na internet?

Quando digitamos o nome de um website no navegador, dificilmente paramos para pensar sobre quem está por trás daquele endereço. Afinal, como os domínios são organizados? Quem decide quais nomes estão disponíveis? Quem controla todo esse sistema que permite que um website seja encontrado por um simples nome? A resposta está em uma estrutura global cuidadosamente organizada, com diferentes níveis de responsabilidade, começando por uma entidade chamada ICANN, que é a principal autoridade global que coordena o sistema de nomes de domínio é a ICANN, sigla para Internet Corporation for Assigned Names and Numbers. Trata-se de uma organização sem fins lucrativos, criada em 1998, com sede nos Estados Unidos. Ela é responsável por supervisionar todo o sistema de nomes e números que formam a espinha dorsal da internet. Entre suas funções está a coordenação do DNS (sistema de nomes de domínio), que traduz os nomes que digitamos (como exemplo.com) para os endereços IP que os computadores realmente usam para se comunicar.

A ICANN não vende domínios ao público. Ela atua como uma espécie de autoridade reguladora, autorizando empresas a administrar e operar determinadas extensões de domínio. Essas extensões são conhecidas como TLDs (Top-Level Domains), e incluem exemplos como .com, .org, .net, .info, e também os domínios nacionais como .br (Brasil), .uk (Reino Unido), .jp (Japão), entre outros.

Cada extensão tem um responsável chamado registry. Um registry é uma entidade que administra uma extensão específica. Por exemplo, a empresa Verisign é o registry responsável pelos domínios .com e .net. Já o Registro.br, mantido pelo NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR), administra os domínios que terminam em .br no Brasil. O registry mantém a infraestrutura técnica da extensão, define suas regras de uso e autoriza registrars a comercializar domínios para o público.

Os registrars, por sua vez, são empresas que atuam na venda direta de domínios. Eles são credenciados pelos registries e pela ICANN, e funcionam como intermediários entre os usuários e o sistema global de nomes. Alguns exemplos de registrars são GoDaddy, Namecheap, Google Domains e HostGator. No caso do Brasil, o próprio Registro.br também atua como registrar, permitindo que pessoas físicas e jurídicas registrem domínios terminados em .br diretamente pelo website oficial.

Quem registra um domínio não se torna seu dono absoluto, mas sim um titular com direito de uso enquanto mantiver o pagamento das taxas de renovação. Em outras palavras, o domínio é alugado por períodos renováveis, geralmente de um ano. Caso o pagamento não seja feito, o domínio pode expirar e ficar disponível novamente para registro por outra pessoa.

A ICANN também é responsável por aprovar novas extensões de domínio, processo que envolve critérios técnicos, financeiros e legais. Foi assim que surgiram extensões mais recentes como .tech, .online, .shop, .app e muitas outras. Empresas e comunidades podem submeter propostas para criar novas TLDs, o que torna o sistema cada vez mais diversificado.

Além do controle técnico e comercial, existe também um mecanismo para resolver disputas relacionadas a nomes de domínio. Muitas vezes, empresas ou pessoas podem entrar em conflito quando desejam o mesmo nome, especialmente se envolve marcas registradas. Para esses casos, a ICANN criou políticas específicas, como o UDRP (Uniform Domain-Name Dispute-Resolution Policy), que estabelece procedimentos para resolver essas disputas de forma rápida e justa, evitando que o conflito se prolongue na esfera judicial.

Outro ponto importante é que o sistema de nomes de domínio precisa ser seguro e confiável para garantir a estabilidade da internet. Por isso, a ICANN trabalha em parceria com organizações técnicas para proteger o DNS contra ataques cibernéticos e garantir que os domínios funcionem corretamente em qualquer lugar do mundo. Essa segurança é fundamental para que usuários possam navegar com tranquilidade, sem riscos de serem redirecionados para websites falsos ou maliciosos.

É interessante notar que, apesar de a ICANN ser uma organização americana, ela atua globalmente, buscando um equilíbrio entre diferentes países, culturas e interesses. Para isso, conta com a participação de representantes de várias partes do mundo, garantindo que a governança da internet seja democrática e inclusiva.

Para os usuários finais, entender essa cadeia de controle traz mais consciência sobre a importância do domínio na construção da presença digital. Escolher um nome de domínio adequado, registrar com um registrar confiável e manter as renovações em dia são passos simples, mas que fazem toda a diferença para o sucesso online. Além disso, é importante estar atento a questões legais e de proteção da marca para evitar problemas futuros.

O controle dos nomes de domínio segue uma cadeia bem estruturada. A ICANN regula todo o sistema. Os registries administram cada extensão. Os registrars comercializam os domínios com os usuários finais. E nós, como usuários, podemos registrar nomes para nossos projetos, websites, empresas ou ideias. Entender essa estrutura é essencial para navegar com mais segurança e estratégia no mundo digital. Afinal, por trás de cada endereço na internet, existe uma engrenagem global que garante que tudo funcione com ordem, confiança e previsibilidade.